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Uma introdução a Pailimay, o nosso terceiro voluntariado

Foto do escritor: CatarinaCatarina

Pailimay foi a nossa primeira grande experiência de voluntariado. Tudo o que esperávamos, encontramos aqui.



Começou de forma diferente porque conseguimos o contacto espontaneamente e não pela plataforma do Workaway, que definitivamente não está a funcionar para nós. Pesquisamos por “eco aldeias chile” e de um desses contactos, encaminharam-nos para Pailimay, pois dentro dumas semanas iria ser o encontro de eco-aldeias do Chile precisamente aí e necessitavam de voluntários para terminar as preparações. Assim nos contactamos com a Caro, sabendo pouco sobre o que nos esperava.

Em Pailimay, a Caro ensinou-nos um método de reflexão e consciência, que vou utilizar para resumir a nossa passagem por aqui. Este método congrega o ser num processo espiral, agregando a tríade: eu sinto (o som), eu penso, (a luz) e eu faço (a forma).



Eu sinto ^

Acima de tudo, sinto gratidão por ter tido esta experiência, que as forças se tenham conjugado para irmos lá ter e tudo ter corrido como tinha de correr.

Depois, sinto contentamento porque gostamos mesmo muito de estar lá e vamos sempre associar esta a uma época feliz. Sinto também conexão porque nos ligamos duma forma especial tanto ao espaço como às pessoas, realmente conseguimos estabelecer um canal de comunicação com a Caro e com o Filipe e também com cada um dos miúdos, de quem já sentimos saudades. Sinto também inspiração e esperança, porque eles mostraram-nos como, sendo pessoas regulares, se pode perseguir e viver um sonho, mesmo quando as coisas não correm exactamente como era esperado e tem que se começar de novo.

Por fim, sinto confiança, confiança no que aprendi tecnicamente de construção e confiança para seguir um caminho parecido.



Eu penso <

Eu penso em tudo o que aprendi e experimentei, focado em 4 áreas principais: bio-construção, permacultura, educação e consciência.

Na área de bio-construção aprendemos a teoria completa de como construir um domo geodésico, solidificamos os conhecimentos de construção com barro, os tipos de terra, misturas e formas de aplicação, assim como a quantidade gigantesca de trabalho e material necessário para construir uma casita em barro. Também aprendemos a construir segundo as características do espaço: o sol, o vento, os fluxos de água, os níveis do terreno, etc.

De permacultura aprendemos sobre as vicissitudes de viver em comunidade, além das de trabalhar em rede: deixar de lado as diferenças e focar nas similaridades. Além disso aprendemos também a cultivar em declive, aproveitando a direcção dos lençóis de água e cultivando em bancal. Também a divisão do terreno entre espaço comunitário, familiar, de cultivo ou preservação, deve ser baseada nos princípios da permacultura.

Sobre a educação, vivemos com uma família de 4 crianças, que estudam em casa e pudemos comprovar as diferenças para com as crianças que vão à escola regular. O que nos chamou mais a atenção foi a entre-ajuda dos irmãos, tanto das mais velhas para com os pequeninos, como ao contrário. Também a maturidade prematura de todos eles e a ausência de maldade.

Da consciência, o Felipe e a Caro apresentaram-nos temas como magnetismo energético, vida para além da terra e existência de outras dimensões. Abriram-nos as portas para estudarmos e aprendermos mais. E sendo eles pessoas que tanto respeitamos, não pudemos não seguir estas pistas.



Eu faço >

Apesar de termos ido para a eco-aldea com o intuito de terminar algumas coisas para o encontro acabamos por nos envolver tanto com a família que partilhamos mais as responsabilidades diárias, como cozinhar, arrumar, brincar com as crianças. Por isso diria que vivenciamos a magia do dia-a-dia.

Além disso também fizemos um filme, mas isso é história para o Pedro contar.

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